24 de jan. de 2012

S.O.S. PINHEIRINHO (2)



Veja como foi a atrocidade (já é notícia internacional) de aspiração fascista, em Pinheirinho. As emissoras de televisão foram proibidas de entrar no perímetro de desocupação, mas as midias alternativas captaram o miolo da guerra. Repare: 1:55; 3:04; 4;10, 13:06; 15:20.
O libanês milionário Naji Nahas, condenado por diversos crimes e "dono" do território,  mancomunado com a justiça estadual e com os psdbistas de São Paulo, recalcitraram a justiça federal e ignoraram o acordo JÁ existente para resolver a questão. Assista ao vídeo e depois leia esta matéria da Carta Capital.
Moisés Lourenço


23 de jan. de 2012

S.O.S. PINHEIRINHO



A reintegração de posse em São José dos Campos deflagra o método agressivo e unilateral do poder público. Uma situação conflitante como esta, não pode justificar essa truculência. Os moradores do Pinheirinho não são criminosos e deviam ser tratados, - a despeito da irregularidade -, com suas dignidades asseguradas.

Invasões cruéis como esta, devem ser proibidas, pois nenhuma invasão em terrenos desocupados, - e que se faça para fins de moradia, - tal agressividade, pode ser justificada. Todos nós sabemos que, mesmo de modo irregular, há crianças e pessoas do bem, que vêem na invasão uma opção de constituição de lar. Mistura-se gente aproveitadora e gente das mais reais necessidades e misérias nesses enfrentamentos a fim de oferecer um teto às suas famílias.

Ninguém que se encontra inadimplente no banco recebe uma ligação da instituição para receber um ultimato, acompanhado das mais agressivas palavras. O sujeito, mesmo inadimplente, deve ter o seu direito de respeitabilidade garantido. A situação dos moradores de Pinheirinho é a mesma, só que eles foram tratados como pessoas sem qualquer direito, sem qualquer dignidade.

Essas invasões são sintomas de um país que não consegue priorizar o bem-estar de todos. Essas invasões são conseqüências da desigualdade social, da negligência dos políticos e da corrupção que engole o dinheiro do Brasil. O Estado não cumpre com seu papel então o povo se aglutina e encontra uma saída na arbitrariedade e isso se transforma num ciclo inevitável. A culpa dos mais frágeis é a negligência do poder público.

“Ordem e Progresso” deram lugar ao “Caos e Regresso”, num filme de terror que oprime o pobre no Brasil, e de quando em vez, é pincelado na mídia, sem o desdobramento necessário para mudar este quadro. A denúncia vira um filme hollywoodiano, roteirizado pelo Poder e pela Ordem de poucos e para poucos.

Não tente argumentar que esse tipo de povo merece esse tipo de tratamento por invadirem uma área particular. O poder público é quem deve assumir e resolver o problema do proprietário, tanto quanto resolver o problema da precariedade dessas pessoas, onde o direito de moradia é considerado um privilégio.

O Estado transgride e gera seus infratores e por isso, não devem analisar esta problemática isentos de sua negligência geradora, em parte, do problema. Os culpados que se chocam não podem se isentar de seus erros, jogando a culpa no mais fraco, que por sua vez, parece que é o único vilão da história.


Moisés Lourenço

6 de set. de 2011

DE BRAÇOS CRUZADOS PRO MUNDO

No Brasil, a calamidade é assistida por todos e a maioria fica de braços cruzados, retrucando e mantendo os braços cruzados.
Não espere a calamidade bater em sua porta para, então, fazer algo que estanque ou enfraqueça o caos. Se você continuar de braços cruzados, a hipocrisia social te engolirá, até você se tornar insuportável a si mesmo.

A decadência e o absurdo é fruto da indiferença, do comodismo e da hipocrisia. Veja o quadro da igreja evangélica, por exemplo.
A decadência não é uma consequência da imoralidade que se desponta. A decadência generalizada é o império fomentado pelo silêncio de todos.

O povo é emburricado e desumanizado no hospital, na rua, no transporte, no mercado, na escola, na penitenciária e na igreja. A televisão é uma máquina de produzir inteligência sintética em massa, causando um efeito coletivo através da sedução barata de felicidade e cura dos males.
Tudo isso é apoiado em nome da liberdade de expressão, porém apenas o ignorante não admite que este consentimento estatal é o álibi utilizado a fim de se obter duas reações de favorecimentos: iludir o povo e anestesia-lo.
É normal agendarmos uma consulta ao cardiologista para daqui a seis meses, adolescentes completarem seus estudos com grau de conhecimento vergonhoso, abusos de autoridade sobre o pobre, corrupções que desviam bilhões constantemente (governo após governo), igrejas televisivas ou não-televisivas arrebanharem milhares para extorquir e pior, criarem adeptos fiéis que sustentam e dão crescimento descomunal e a indiferença social que abarrotam seres humanos na marginalidade da sociedade como grandes morros de lixões.

Não somos um país do futebol ou do carnaval. Somos o país da decadência, corrupção e negligência. Isso privilegia o clero e a nobreza e consequentemente, adoece o resto, e como atenuante, dão-nos pão e circo religioso, esportivo e qualquer forma anestésica através da ilusão e da felicidade de laboratório.

Assim como as varejeiras que rondam excrementos, são os que se fartam da passividade ante a decadência de nosso país.

Concorda?

28 de jan. de 2011

Para cada Egito, existe um Moisés

Mohamed ElBaradei, o homem do prêmio Nobel da Paz, deixa Viena as pressas e retorna ao Cairo. Sua presença acalora ainda mais os ânimos egípcios que já sentem a leve brisa livre da verve abusiva.
 Todo o oriente médio é um complexo sócio-cultural que remonta o passado do Homem e resiste com toda a sua imponência, revelando suas belezas e cruezas.
Esta semana apagaram as luzes do Egito e isso não precede algo bom.

Que cada Moisés que se levantar, seja mulçumano ou não, seja homem ou mulher, faça o mar se abrir com o poder da determinação e resiliência.

Nesta história, o Egito é uma potestade de Estado e os egípcios são os clementes que lutam e derramam seus sangues neste momento.

7 de dez. de 2010

Texto de Julian Assange escrito horas antes de sua prisão


Em 1958 um jovem Rupert Murdoch, então proprietário e editor do “The News” de Adelaide(Austrália), escreveu: “Na corrida entre o segredo e a verdade, parece inevitável que a verdade sempre vença.”
Sua observação talvez tenha sido um reflexo da revelação de seu pai, Keith Murdoch, sobre o sacrifício desnecessário de tropas australianas nas costas de Gallipoli, por parte de comandantes britânicos incompetentes. Os britânicos tentaram calá-lo, mas Keith Murdoch não seria silenciado e seus esforços levaram ao termino da desastrosa campanha de Gallipoli.
Quase um século depois, o Wikileaks também publica sem medo fatos que precisam ser tornados públicos.
Eu cresci numa cidade do interior do estado de Queensland, onde as pessoas falavam de maneira curta e grossa aquilo que pensavam. Eles desconfiavam do governo (‘big government’) como algo que poderia ser corrompido caso não fosse vigiados cuidadosamente. Os dias sombrios de corrupção no governo de Queensland, que antecederam a investigação Fitzgerald, são testemunhos do que acontece quando políticos impedem a mídia de reportar a verdade.
Essas coisas ficaram comigo. O Wikileaks foi criado em torno desses valores centrais. A ideia concebida na Austrália era usar as tecnologias da internet de maneira a reportar a verdade. O Wikileaks cunhou um novo tipo de jornalismo: o jornalismo científico. Nós trabalhamos com outros suportes de mídia para trazer as notícias para as pessoas, mas também para provar que essas notícias são verdadeiras.


O jornalismo científico permite que você leia as notícias, e então clique num link para ver o documento original no qual a notícia foi baseada. Desta maneira você mesmo pode julgar: Esta notícia é verdadeira? Os jornalistas a reportaram de maneira precisa?
Sociedades democráticas precisam de uma mídia forte e o Wikileaks faz parte dessa mídia. A mídia ajuda a manter um governo honesto. Wikileaks revelou algumas duras verdades sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, e notícias defeituosas (‘broken stories’) sobre corrupção corporativa.
As pessoas afirmaram que sou anti-guerra: que fique registrado, eu não sou. Algumas vezes, nações precisam ir à guerra, e simplesmente há guerras. Mas não há nada mais errado do que um governo mentir à sua população sobre estas guerras, e então pedir a estes mesmos cidadãos que coloquem suas vidas e o dinheiro de seus impostos a serviço destas mentiras. Se uma guerra é justificável, então diga a verdade e a população dirá se deve apoiá-la ou não.
Se você leu qualquer um dos relatórios de guerra sobre o Afeganistão e o Iraque, qualquer um dos telegramas das embaixadas estadunidense ou qualquer uma das notícias sobre as coisas que o Wikileaks tem reportado, considere quão importante é que toda a mídia possa reportar tais fatos livremente.


O Wikileaks não é o único que publicou os telegramas das embaixadas dos Estados Unidos. Outros suportes de mídia, incluindo o britânico The Guardian, o The New York Times, o El País e o Der Spiegel na Alemanha publicaram os mesmos telegramas. Porém é o Wikileaks como coordenador destes outros grupos, que tem sido alvo dos mais virulentos ataques e acusações por parte do governo estadunidense e seus acólitos. Eu tenho sido acusado de traição, mesmo sendo cidadão australiano e não estadunidense. Tem havido inúmeros sérios clamores nos EUA para que eu seja capturado por forças especiais estadunidenses. Sarah Palin diz que eu deveria ser “caçado como Osama Bin Laden”. Uma lei republicana tramita no senado norte-americano buscando declarar-me uma “ameaça transnacional” e tratar-me correspondentemente. Um assessor do gabinete do primeiro-ministro canadense clamou em rede nacional de televisão que eu fosse assassinado. Um blogueiro americano clamou para que o meu filho de 20 anos de idade aqui na Austrália fosse sequestrado e ferido por nenhum outro motivo além de um meio de chegar até mim.
E os australianos devem observar sem orgulho a desgraçada anuência a estes sentimentos por parte da Primeira ministra australiana Guillard e a secretária do Estado dos EUA Hillary Clinton, as quais não emitiram sequer uma palavra de crítica às demais organizações midiáticas. Isto por que o The Guardian, The New York Times e Der Spiegel são velhos e grandes, enquanto o Wikileaks é ainda jovem e pequeno.
Nós somos os vira-latas. O governo Guillard está tentanto atirar no mensageiro porque não quer que a verdade seja revelada, incluindo informações sobre as suas próprias negociações diplomáticas e políticas.


Houve alguma resposta por parte do governo australiano às inúmeras ameaças públicas de violência contra mim e outros colaboradores do Wikileaks? Não me parece absurdo supor que a primeira ministra australiana deveria estar defendendo os seus cidadãos de ações dessa natureza, porém, de sua parte, tem havido apenas alegações infundadas de ilegalidade. A Primeira ministra e especialmente o Procurador-Geral deveriam levar a cabo suas obrigações com dignidade e acima das disputas. Que fique claro que esses dois pretendem salvar a própria pele. Eles não conseguirão.
Toda vez que o Wikileaks publica a verdade sobre abusos cometidos pelas agências dos EUA, políticos australianos entoam o coro provavelmente falso com o Departamento de Estado: “Você colocará vidas em risco! Segurança nacional! Você colocará em perigo as nossas tropas!” E então eles dizem que não há nada de importante no que o Wikileaks publica.
Mas as nossas publicações estão longe de serem desimportantes. Os telegramas diplomáticos dos EUA revelam alguns fatos inquietantes:
Os EUA pediram a sua diplomacia para que roubassem material humano (“personal human material”) e informações de oficiais da ONU e grupos de direitos humanos, incluindo DNA, impressões digital, scans de íris, números de cartão de crédito, senhas da internet e fotos de identificação, em violação a tratados internacionais. É provável que diplomatas australianos da ONU também sejam alvos.
O Rei Abdullah da Arabia Saudita pediu aos oficiais dos EUA na Jordânia e Bahrein que interrompam o programa nuclear iraniano a qualquer custo.
A investigação britânica sobre o Iraque foi adulterada para proteger “interesses dos EUA”


A Suécia é um membro secreto da OTAN e a Inteligência dos EUA não divulga suas informações ao parlamento.
Os EUA está forçando a barra para tentar fazer com que outros países recebam detentos libertados de Guantanamo. Barack Obama concordou em encontrar o presidente esloveno apenas se a Eslovênia recebesse um prisioneiro. Nosso vizinho do Pacífico, Kiribati, foi oferecido milhões de dólares para receber detentos.


Em sua decisão histórica no caso dos Documentos do Pentágono, a Suprema Corte Americana disse: “ apenas uma impresa livre e sem amarras pode eficientemente expor fraudes no governo”. A tempestade turbulenta em torno do Wikileaks hoje reforça a necessidade de defender o direito de toda a mídia de revelar a verdade.
Julian Assange é o editor-chefe do Wikileaks



14 de out. de 2010

Os gays e as abortivas na política

 

Sempre Nunca, na história deste país, assuntos que concernem ao fórum íntimo, familiar, são convergidos às estruturas morais institucionalizadas. É nascer e se moldar drasticamente. Grandes braços-de-ferro se esgrimam e ganha à estrutura mais influente e em plena arena eleitoral, a grande vencedora é a religião. Lamento o óbvio: a vencedora faz barganhas utilizando-se de sua moeda. Trazem ao pentagrama, com clave de Sol da Justiça, a sua prerrogativa ditadora descartando a sua missão acolhedora. As questões cruciais e que deveriam ser realçadas com sangue e suor, são abandonadas nas trincheiras e as questões secundárias e perversamente elaboradas, são priorizadas pelo fato de valer influência, apelo e conveniência.

Enquanto os hospitais comportam todo o descaso possível, enquanto a injustiça social fustiga, empobrece, mata e emburrece, enquanto a corrupção se desenvolve como uma potestade indissociável do Homem, enquanto o Grande Jardim vai sendo envenenada, enquanto a solidão e a depressão vão de alastrando, a igreja cristã do Brasil vai se definindo como uma grande força política a fim de colocar, no trono máximo de nossa república federativa, o seu preferido, ignorando todos esses itens que relacionei neste mesmo parágrafo e declarando guerra a fim de privilegiar aquele que se restrinja em coadunar a ela no que tange a sexo e aborto. Se ela, a igreja, defende que uma mulher não pode abortar porque o feto não é um prolongamento da vida dela [da grávida] e sim, uma outra vida independente, a regra de independência não vale para quando este feto se desenvolve e escolhe com quem quer transar e se relacionar.

Sobretudo, a questão de aborto que tanto somos contra, passa ser mais importante do que a injustiça social, como se toda mulher fizesse aborto para se alimentar do feto e fazer dinheiro resolvendo o problema da diferença social alarmante. Saúde, educação e dignidade para viver é mais importante do que sexo e aborto e não quero dizer que essas questões sejam irrelevantes, apenas acredito que são temas de jogo político e quem sai perdendo é o povo brasileiro em relação a sexo de anjos homens.
- Pai, estou com fome e doente...
- Vá assistir o debate eleitoral sobre gays e as abortivas que passa.

Moisés Lourenço

Complemento:

7 de out. de 2010

Marina Silva se irrita com a cúpula do PV


Em tom de ironia, Marina criticou o fisiologismo de parte da cúpula verde, sugerindo que a oferta seria alta demais para alguns dirigentes de seu partido.
"Quatro ministérios pro PV... Caramba! Do jeito que tem gente aí, basta pensar num conselho de estatal, já estaria muito bom. Certo? Tem esse tipo de mentalidade", disse ela.
A senadora reclamou do assédio a aliados e prometeu não se curvar à "velha política", referindo-se à oferta de espaço no futuro governo. Segundo ela, seus eleitores cobram "postura e valores" diferentes. "Quem estiver oferecendo cargo não entendeu nada do que as urnas disseram", afirmou.
Leia mais  no Folha.com

. . . 

É, Marina, nem tudo que é verde, possui a alma verde. Há seiva nociva na flora, há Frankenstein na fauna.

Moisés Lourenço 

26 de set. de 2010

O PRESIDENTE DO IRÃ E A ASSEMBLEIA GERAL DA ONU

Ahmadinejad discursa na ONU

"...Ahmadinejad se mostrou surpreso com as reações a seu pronunciamento e chegou a perguntar se tinha "dito algo de errado..."

. . . . 

O show de horrores é epidêmico. Foi-se o tempo [ou talvez nunca tenha existido este tempo] em que um órgão de representatividade ou uma autoridade pública tinha envergadura intelectual e mais que isso, envergadura de compromisso ético para emitir uma opinião ao microfone. Hoje, qualquer alienando fala qualquer improbidade a fim de ecoar a sua barbárie repugnante e funesta. Quem mandou darem um microfone a um louco como Sr. Ahmadinejad?

Um estadista terrorista merece a mesma irrelevância como qualquer outro terrorista. É-lhe facultado apenas o direito de falar para advogar a contra-acusação, assim como se é facultado a qualquer corruptor da lei perante um tribunal de justiça.
Dar voz a um criminoso da Humanidade, como um ser digno de emitir alguma opinião nas Organizações das Nações Unidas, é uma falta de decoro humanitário.

Moisés Lourenço

21 de set. de 2010

Michel Temer, o satanista


Temer falou aos presentes sobre suas origens e pediu atenção sobre as infâmias criadas e plantadas na internet em época eleitoral. “A internet é uma área livre. Onde são criadas diversas coisas falsas para prejudicar pessoas públicas. Por isso quero pedir atenção para todos vocês no que lêem nesse meio. Muita inverdade tem sido publicada sobre minha pessoa e da candidata Dilma na web. Inclusive questionando minha religiosidade. Peço que respondam lá a verdade”, destacou.

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Satanista é anjo perto de alguns crentes que difamam e propagam infâmias. Infâmias com finalidade de manipular votos.
Moisés Lourenço

19 de set. de 2010

CHINA PROMETE MEDIDAS DE RETALIAÇÃO CONTRA O JAPÃO


"Se o Japão age deliberadamente e insiste em repetir o erro, o lado chinês vai tomar contramedidas fortes, e todas as conseqüências devem ser suportadas pelo lado japonês", disse Ma.

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China, país comunista, parece não estar brincando caso o Japão não liberte o capitão preso em território japonês. Se nas próximas horas não houver uma intervenção diplomática, poderemos ter uma retaliação repentina.
Acordem o Lula e avisem que ele precisa ir à China agora.

Moisés Lourenço

17 de set. de 2010

EM DEFESA DO PNDH 3


Não bastasse este imbróglio político, segmentos conservadores e dogmáticos
procuram criticar um documento produzido e debatido de maneira ampla, democrática e cuidadosa. Hoje vemos reações de grupos ruralistas e segmentos religiosos mais conservadores, que, apoiados em uma mídia preconceituosa e elitista, desqualificam processos participativos pela defesa de interesses corporativos, egoístas e financeiros.

. . .

Muita celeuma gira em torno deste programa já velho, porém, agora, atualizada em sua terceira interface. A ala religiosa é a quem mais deturpa um ou dois tópicos a fim de condenar o programa na íntegra.  
Em nome de uma ditadura moral milenar e já eternizada, a religião vê-se coagida por conta de sua auto-messianidade; como se seus preceitos e interpretações fossem inclinados ao bem coletivo da sociedade e não a implantação de dogmas reacionários e insustentáveis em panos de “direitos humanos provenientes de Deus”.
Alguém já disse que quem tem o poder, tem seu ponto de vista como a verdade e no afã assolador, a religião o estaca com ímpeto moralista a qualquer preço, inclusive ignorando a importância do programa, em sua formação, abrangência e aplicabilidade.
A verdade é que o programa exporá o quanto, por exemplo, a religião, em sua maioria cristã, foi omissa e pró-ativa na ditadura, juntamente com segmentos da mídia brasileira e as Forças Armadas.

Deus, o que fizeram e fazem em seu nome. . .

Moisés Lourenço

16 de set. de 2010

CHÁVEZ-FIDEL Passos largos à ruína



Hugo Chávez e Fidel Castro/AP
A aliança Chávez-Fidel garante à Venezuela a manutenção de um dos pilares do governo que são os programas sociais chamados "missões", nos quais atuam milhares de médicos, educadores e técnicos cubanos nas áreas de saúde, educação e agricultura.
Em contrapartida, Cuba recebe pagamento em petróleo e derivados, o que tem dado um novo impulso para a economia da ilha nos últimos anos, de acordo com analistas.

. . .

Cada vez mais fica evidente que a política social de Cuba apenas democratiza a miséria. Parece-me que Cuba está assumindo, de modo forçado, um papel capitalista, ainda que disfarçadamente (para estabilizar e atenuar a crise), enquanto a Venezuela se inspira no modelo utópico fidelcastriano.
Ideologia sem análise é uma grande candidata à ruína.

Moisés Lourenço

CARTA DE MANOEL DA CONCEIÇÃO Membro fundador do PT


Finalmente, fui exilado na Suiça de onde continuei denunciando as atrocidades da ditadura militar nas oportunidades que tive de viajar por vários países europeus. Foi também no exílio juntamente com companheiros refugiados que começamos a discutir a idéia já em discussão no Brasil de criação do Partido dos Trabalhadores e também de uma central sindical.

. . .

Após ler a carta de Manoel da Conceição, que manifesta sua trajetória esculpida a sangue e suor, lembrei-me dum trecho do livro-documento “Diário de Fernando” (tive a privilégio de comparecer no lançamento do livro e ouvir o próprio Frei Fernando, o autor do livro, Frei Betto e o Paulo Vannuchi)
A tortura tem por objetivos obter informações e degradar o prisioneiro. Encerra métodos eficazes: humilha a vítima, antagoniza o corpo ao espírito, opõe-se-lhe em campos opostos a sua dor e o seu ideal. Obriga-a a ser testemunha de seu opróbrio. Reduz o humano à abjeta condição de verme. Mergulha-o num oceano de terror cujas margens ignora. Não há bóia de salvação nem se consegue nadar. O naufrágio é inevitável. A diferença é que, em vez de água, há sangue, fezes, urina. Virado ao avesso, o organismo exibe vísceras.”

Agora é com você, Presidente Lula!

Moisés Lourenço

ELEIÇÕES 2010 - DEITANDO EM BERÇOS ESPLÊNDIDOS - Por Moisés Lourenço


O Chanceler de Ferro da Prússia, em uma de suas falas autoritárias no cenário político, disse a seguinte verdade: "A política não é uma ciência, como supõe a maioria dos senhores, mas uma arte."
Passamos da hora de enxergar movimentos revolucionários que querem fazer uma política diferente, entendendo que a melhor maneira de se governar é integrando toda a necessidade comum e o modo de vida saudável como um processo de equilíbrio orgânico e integral que não seja paliativa, mas que trabalhe na raiz da questão; auto-sustentável. 
Leia mais no Mera Palavra...

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