17 de set. de 2010

EM DEFESA DO PNDH 3


Não bastasse este imbróglio político, segmentos conservadores e dogmáticos
procuram criticar um documento produzido e debatido de maneira ampla, democrática e cuidadosa. Hoje vemos reações de grupos ruralistas e segmentos religiosos mais conservadores, que, apoiados em uma mídia preconceituosa e elitista, desqualificam processos participativos pela defesa de interesses corporativos, egoístas e financeiros.

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Muita celeuma gira em torno deste programa já velho, porém, agora, atualizada em sua terceira interface. A ala religiosa é a quem mais deturpa um ou dois tópicos a fim de condenar o programa na íntegra.  
Em nome de uma ditadura moral milenar e já eternizada, a religião vê-se coagida por conta de sua auto-messianidade; como se seus preceitos e interpretações fossem inclinados ao bem coletivo da sociedade e não a implantação de dogmas reacionários e insustentáveis em panos de “direitos humanos provenientes de Deus”.
Alguém já disse que quem tem o poder, tem seu ponto de vista como a verdade e no afã assolador, a religião o estaca com ímpeto moralista a qualquer preço, inclusive ignorando a importância do programa, em sua formação, abrangência e aplicabilidade.
A verdade é que o programa exporá o quanto, por exemplo, a religião, em sua maioria cristã, foi omissa e pró-ativa na ditadura, juntamente com segmentos da mídia brasileira e as Forças Armadas.

Deus, o que fizeram e fazem em seu nome. . .

Moisés Lourenço

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